Da crise ao fim do Estado Novo (1937-1945).
O fim do Estado Novo (1937-1945)
• A partir do momento que o Brasil passara a lutar contra as potências nazi-fascistas, o Estado passou a ser, de certa forma, pressionado pela opinião pública. A oposição fazia jus à afirmação: “Se a liberdade fora defendida lá fora que fosse respeitada aqui dentro”. Sob constantes pressões internas, o governo marcou para 2 de dezembro de 1945, eleições gerais, o que colocaria fim à ditadura varguista.
• Neste período, o governo autorizou a formação de partidos políticos e a organização de campanhas publicitárias dos candidatos ao governo. Surgiram a UDN – União Democrática Nacional, o PSD – Partido Social Democrático, o PTB – Partido Trabalhista Brasileiro e a volta legalizada do PCB – Partido Comunista do Brasil.
• A UDN, partido oposicionista à Vargas, indicou a candidatura de Eduardo Gomes à presidência da República; o PSD, partido ligado à Vargas, indicou a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra, também apoiado pelo PTB; e o PCB que se restabeleceu no país com milhares de adeptos, lançou a candidatura de Iedo Fiúza à presidência.
• Ainda no fim do Estado Novo, Vargas anistiou Luís Carlos Prestes e decretou a lei Malaia (antitruste) que desapropriava empresas ligadas ao capital internacional.
• Embora tivessem sido convocadas eleições gerais, Vargas tinha o desejo de permanecer no cargo caso a maioria da população assim quisesse. Circulou dessa forma a anedota durante 1945: “Meu candidato é Eurico; mas se houver oportunidade, eu mudo uma letra: Eufico.” Entretanto, os ares não caminhavam para isso, principalmente após Vargas nomear para o cargo de chefe da polícia do Distrito Federal, seu irmão Benjamin Vargas, o que provocou uma tensão com os militares. Em 30 de outubro de 1930, sob pressões da oposição e dos militares, Vargas renuncia à presidência. A partir daí, José Linhares, ministro do Supremo Tribunal Federal, assume em caráter interino, até 31 de janeiro de 1946, quando passa o cargo para Dutra, vencedor das eleições gerais de dezembro de 1945. Vargas retornaria ao cargo de presidente do Brasil em 1951, eleito por voto direto.
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