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1 de dezembro de 2011

Impérios Coloniais portugueses e espanhóis (4ª Parte)

 A recusa de Portugal às propostas marítimas de Colombo, a aceitação da Espanha aos planos de expedição pelo Atlântico, até o retorno de Colombo à Penínusla Ibérica, em 1493.

A expansão marítima espanhola

• Em 1492, os espanhóis comemoravam a expulsão definitiva dos muçulmanos da região ibérica. Como já dito anteriormente, foi nesse ano que o último reduto muçulmano, Granada, foi conquistado pelos cristãos. Tal fato significava a vitória triunfante dos cristãos sobre os islâmicos em solo ibérico. Nesse contexto, a religiosidade medieval misturava-se ao nascente Estado espanhol.

• Em 1492, houve também a descoberta da América, que ganharia maior relevância temos depois. Na época, a religiosidade misturava-se às tomadas políticas. Para ter-se uma ideia, Hernando de Talavera, confessor da rainha Isabel, havia implorado-lhe que ela desistisse de uma expedição rumo a outras terras, às quais ele justificava que desafiava os limites fixados por Deus, e, sobretudo, que tal expedição desviava-se do objetivo maior dos cristãos, à época, reconquistar a Terra Santa, esta Jerusalém. Pouco depois, Cristóvão Colombo, saíra em expedição pelo Atlântico, à oeste; com forte motivação financeira, sendo que, esperava encontrar terras ricas de ouro.

Os passos de Colombo

• Cristóvão Colombo era natural de Gênova, e despontou em Lisboa nos anos 1479, como comerciante e a serviço de mercadores que exploravam a produção açucareira na ilha da Madeira. Colombo era um grande leitor de narrativas de viagens, principalmente as do veneziano Marco Pólo, e acreditava, assim como outros navegadores e cartógrafos da época, que era possível alcançar o Oriente a partir do Oceano Atlântico. Um dos cosmógrafos mais importantes, era Paulo Toscanelli, esse enviara carta ao rei português, em 1474, a respeito da viabilidade da navegação do Atlântico, da forma circular da Terra e de seus planos para alcançar as riquezas das Índias de maneira mais fácil que contornando o continente africano. Dez anos depois, Cristóvão Colombo foi quem desenvolveu um plano baseado nas reflexões de Toscanelli, ao rei D. João II, este o recusou pelo projeto dar-se na exploração da costa africana, à qual já se encontrava bem adiantada. Em 1485, Colombo seguiu para a Espanha, e, finalmente, seis anos depois, conseguiu apoio para empreender suas viagens ao longo do Atlântico.

• No século XV, já era conhecida em Portugal a obra Imago Mundi, do Cardeal d’Ailly, que sustentava ser pequena o percurso entre a Espanha e as Índias, navegando pelo Atlântico. Sobre as narrativas de São Brandão, acreditava-se que à direção do Atlântico Norte, haveria ilhas afortunadas. Ainda assim, Colombo era desprezado por Portugal, e os esforços portugueses baseavam-se na rota africana. Em 12 de outubro de 1492, Colombo atingiu a ilha de Guanaani (San Salvador), nas Bahamas, à qual acreditava ser a extremidade da costa asiática. Em 26 de dezembro, Colombo escrevera em seu diário que, naquelas terras, haveria o ouro que serviria para a reconquista da Terra Santa. Na viagem de retorno, em março de 1493, uma tempestade arrastou sua caravela até Lisboa, só então D. João II reconheceu que foi negligente ao recusar a proposta de Colombo, o último retornara à Espanha. Sete anos depois seria a vez de Pedro Álvares Cabral ir rumo às terras americanas.

Leia também a 5ª parte deste estudo (CLIQUE AQUI)

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