O estopim da Primeira Guerra Mundial
• Em 1914, nacionalistas da Sérvia assassinaram num atentado o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro. Os sérvios tinham a intenção de anexar as regiões eslavas dos Balcãs: Croácia, Eslovênia e Bósnia. Estas estavam, entretanto, sob o domínio da Áustria-Hungria. Após isso, os austríacos invadiram a Sérvia, sob proteção alemã. Não estava iniciada apenas mais uma guerra, as alianças que haviam sido formadas anos antes, levariam França, Alemanha, Rússia, Grã-Bretanha e as colônias desses países para a que viria se tornar uma primeira guerra mundial.
• O Império Otomano se aliou à Alemanha devido a sua rivalidade com a Rússia; já a Bulgária porque eram inimigos da Sérvia.
O arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, momentos antes do atentado.
O Tratado de Londres
• Em 1915, a Itália assinou um tratado, conhecido como Tratado de Londres, em que os italianos formalizavam oficialmente a sua troca de lado na Primeira Guerra. A Itália que até então estava na Tríplice Aliança (Áustria-Hungria e Alemanha) passou para a Tríplice Entente (Grã-Bretanha, França e Rússia) sob a promessa que ganharia ao fim da Primeira Guerra, algumas regiões da Turquia e da Áustria.
1917, sai a Rússia, entra os Estados Unidos
• Após a Revolução russa de 1917, o exército czarista foi extinto e os bolcheviques assumiram o poder na Rússia. Com isso, a Áustria-Hungria e a Alemanha se fortaleceram nos conflitos contra os ingleses e franceses. Para voltar a equilibrar as forças aliadas, os Estados Unidos entraram na guerra. Estava assinado definitivamente o armistício da Rússia para com os autro-germânicos.
O Tratado de Brest-Litovsk
• Em março de 1918, a Rússia foi penalizada pelo Tratado de Brest-Litovsk, fazendo com que o país reconhecesse a independência da Finlândia e da Ucrânia, além da Estônia, Lituânia e Polônia. Entre outras condições, estava ceder alguns territórios à Turquia.
Os últimos meses de guerra
• Aos poucos as forças dos países da Tríplice Aliança iam sendo superadas. Em setembro, a Bulgária foi derrotada pelas tropas da Sérvia e tropas francesas, pedindo o armistício. Após isso, as tropas inglesas venceram os turcos na Palestina e avançaram rumo à Damasco, esta ocupada por combatentes da chamada Revolta Árabe. Ainda em 1918, tropas italianas derrotaram as forças austríacas na batalha de Vittorio Veneto. Em novembro de 1918, a Alemanha assinou o armistício na França, era o fim da Primeira Guerra Mundial.
Os 14 pontos de Wilson
• Anteriormente, logo no início de 1918, o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, havia apresentado ao Congresso Americano um plano de paz, ficando conhecido por 14 pontos de Wilson. O plano foi visto por algumas potências como bom, mas ineficiente em certos aspectos, como por exemplo, por não punir a Alemanha pela sua responsabilidade na continuidade da Primeira Guerra.
O Tratado de Versalhes
• Por não aceitarem os 14 pontos de Wilson, foi formalizado o Tratado de Versalhes, em 28 de junho de 1919. O Tratado de Versalhes impunha à Alemanha severas penalizações, entre elas:
- A devolução da Alsácia-Lorena à França
- A desmilitarização da Renânia
- A perda das minas de carvão do Sarre para exploração francesa
- A perda de todas as suas colônias, que seriam entregues à Grã-Bretanha e à França
- E a redução do exército alemão a 100 mil soldados, além do pagamento de altas indenizações às potências vencedoras, entre outras condições.
• Foi criada também, a Liga das Nações, entidade que tinha o propósito de estabelecer e preservar a paz no mundo. A organização não contava com a participação dos Estados Unidos e era majoritariamente controlada pela Grã-Bretanha e França.
A Itália depois da Primeira Guerra
• A Itália, que tinha mudado de lado logo no início da Primeira Guerra Mundial, sob a promessa de ganhar alguns territórios, não foi atendida, como esperava, pelas potências vencedoras.
O Tratado de Saint-Germain
• Ainda em 1919, foi assinado o Tratado de Saint-Germain, que forçou a Áustria a reconhecer a independência da Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Iugoslávia, desestruturando o Império Austro-Húngaro.
O mundo depois da Primeira Guerra
• A Europa, especificamente a Grã-Bretanha, perdeu toda a sua influência nas tomadas políticas e econômicas mundiais, deixando espaço para os Estados Unidos que tornou-se o centro das atenções e ordens políticas de expressão internacional. Mais tarde, a crença dos países europeus nos tradicionais partidos liberais ou conservadores daria espaço aos partidos radicais como fascistas e nazistas, além do surgimento de partidos de inspiração socialista.
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